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10 anti-heróis do cinema que você odeia amar.

Com o sucesso de filmes como “Deadpool 2” e o lançamento de “Han Solo: Uma História Star Wars”, é fácil concluir que as pessoas parecem ter se cansado um pouco daqueles heróis sóbrios e certinhos que estiveram por aí há tanto tempo.

Em toda a história do cinema, de vez em quando um anti-herói acaba tomando as telas de assalto e surpreendendo o público, que não entende muito bem porque está torcendo pelo sucesso de um personagem torto como aquele.

Um bom anti-herói não é o contrário do herói, ele só costuma ser um cara mal visto, mas com quem a plateia acaba se afeiçoando, e muitas vezes até se identificando com ele.

A seguir, nós listamos os 10 anti-heróis mais queridos (ou não) do cinema: 

Michael Corleone (Al Pacino) – Trilogia “O Poderoso Chefão” 

Michael é um jovem descendente de italianos que se alistou no exército americano para fugir da influência de seu pai mafioso. Quando o chefão e seu filho mais velho sofrem atentados, cabe a Michael assumir a “famiglia” e vingar-se de toda a cúpula da máfia nos Estados Unidos.

Momento Anti-Herói: Apesar de ser o “mocinho” da história, Michael se sente tão à vontade no papel de “padrinho” que até autoriza o assassinato de membros de sua própria família (pobre Freddo!).

Travis Bickle (Robert De Niro) – “Taxi Driver” 

Travis é um taxista de Nova York que se apaixona por uma linda passageira (Cybill Shepherd) e a convida para sair. Neurótico e esquisitão, ele acaba levando um fora da garota e decide se vingar de um jeito todo especial. “Você está falando comigo?!”

Momento Anti-Herói: Travis, meio que sem saber o que fazer com as armas que arranjou, resolve salvar uma garota de programa menor de idade (Jodie Foster), promovendo um verdadeiro banho de sangue.

Max Rockatansky (Mel Gibson / Tom Hardy) – Franquia “Mad Max” 

Max é um policial rodoviário linha dura, que dirige uma máquina possante, perseguindo e tirando da estrada todos os caras maus que cruzam o seu caminho. Quando os bandidos acabam com sua família, Max parte para uma vingança acelerada.

Momento Anti-Herói: No quarto filme, Max, para salvar um comboio de garotas inocentes, se arma de um facão e parte pra cima de um monte de assassinos com metralhadoras. Nem preciso dizer que ele volta banhado em sangue!

William “D-Fens” Foster (Michael Douglas) – “Um Dia de Fúria” 

William, coitado, é um cara normal que perdeu o emprego e foi abandonado por sua esposa (Barbara Hershey), que por sua vez não o deixa visitar a filha no aniversário. Irritado ao máximo, ele abandona seu carro em um congestionamento e atravessa a cidade de Los Angeles a pé, deixando um rastro de caos e destruição por onde passa.

Momento Anti-Herói: Apesar de, aos poucos, nós irmos descobrindo que William não é um cara tão normal ou legal assim, é muito fácil concordar com ele, no momento em que o estressado rapaz invade uma lanchonete fast-food e exige que seu sanduíche seja ao menos parecido com o que está no cardápio.

Jack Sparrow (Johnny Depp) – Franquia “Piratas do Caribe” 

Jack Sparrow é um pirata que já bebeu tanto, mas tanto, que sua personalidade tornou-se embriagada por natureza. Sempre metido nas maiores confusões para manter sua patente de capitão, ele já teve sua alma capturada e foi até engolido por uma criatura marinha gigante. Porém, ele sempre acaba pendendo para o lado dos mocinhos nas brigas.

Momento Anti-Herói: Para salvar o mocinho Will Turner (Orlando Bloom) de ser assassinado e vingar-se do Capitão Barbossa (Geoffrey Rush), Sparrow entra em um embate de espadas e acaba mortalmente ferido. O que ninguém esperava, era que Jack havia roubado uma moeda de um tesouro amaldiçoado, que impede a morte de quem o carrega.

Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) – “Lobo de Wall Street” 

O picareta Jordan Belfort existe de verdade e é um personagem da vida real. Ele foi responsável por fraudes financeiras no mercado de ações que chegam à casa dos bilhões. Interpretado por Leonardo DiCaprio como um mulherengo e viciado em drogas, o golpista narra suas aventuras ilícitas de maneira tão divertida, que fica difícil não torcer para que ele se dê bem no final.

Momento Anti-Herói: Ainda um cara íntegro, Jordan aprende boa parte das “técnicas” e “macetes” ilegais do mercado financeiro com outro grande golpista, Mark Hanna, interpretado magistralmente pelo ator Matthew McConaughey, que lhe ensina uma “bela” canção relaxante.

V (Hugo Weaving) – “V de Vingança” 

V não é uma pessoa, V é uma ideia. Pelo menos é assim que o misterioso personagem, vindo dos quadrinhos de Alan Moore, gostaria de ser conhecido. Revolucionário, ele usa uma máscara de Guy Fawkes (um autêntico e verdadeiro anti-herói do século 16) para esconder sua identidade e pratica atos de terrorismo em nome da liberdade coletiva.

Momento Anti-Herói: Ao som da bela e empolgante “Abertura 1812”, de Tchaikovsky, o vingador mascarado explode o prédio de Old Bailey, em Londres, iniciando um movimento que mudará o mundo.

Ferris Bueller (Matthew Broderick) – “Curtindo a vida adoidado” 

Ferris é o típico cara gente boa, que todo mundo ama, mas que detesta passar os seus dias dentro da escola. Munido de seu charme irresistível e um senso de aventura inesgotável, ele convence seu amigo Cameron (Alan Ruck) a “pegar emprestada” a Ferrari do pai, a ajudá-lo a “subtrair” a namorada Sloane (Mia Sara) do colégio, e a viver um dia inesquecível de loucuras por Chicago.

Momento Anti-Herói: Apesar de gracioso, Ferris é um mentiroso compulsivo. Basta dizer que toda a cidade acredita que ele possui uma doença incurável, que o impossibilita de frequentar as aulas regularmente.

Walt Kowalski (Clint Eastwood) – “Gran Torino” 

Walt é um cara intragável. Ranzinza e xenófobo, o veterano de guerra passa seus dias reclamando da vizinhança “estrangeira” e cuidando de sua pequena casa. Quando a esposa falece e ele se vê totalmente solitário, o rabugento se aproxima de uma família de asiáticos que passa por problemas com uma gangue local.

Momento Anti-Herói: Quando Walt percebe que a situação da família está fadada a uma explosão de violência, ele mostra que a idade avançada não o impede de encarar uma boa briga.

A Noiva – “Kill Bill” 

Beatrix Kiddo era uma assassina letal, membro do Esquadrão Assassino de Víboras Mortais, e namorada de Bill (David Carradine), o líder da gangue. Traída, ela é quase assassinada em seu próprio casamento e, a partir daí, inicia uma jornada de vingança contra cada membro do clã, principalmente o odiado Bill.

Momento Anti-Herói: Apesar da matança desenfreada, é impossível não simpatizar com a demanda vingativa da noiva. A cena onde ela desmembra a gangue dos The Crazy 88 ao som de “Woo Hoo”, da banda The 5.6.7.8’s, já nasceu clássica!

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    Por Rogério Montanare
    Crítico de cinema do Cinema com Rapadura

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