Coringa traz o surgimento do maior vilão do Batman

Para os desavisados: não, o filme do Coringa não faz parte do mesmo universo cinematográfico de Liga da Justiça, Mulher-Maravilha e Esquadrão Suicida (que tem o seu Coringa vivido por Jared Leto). O longa, estrelado por Joaquin Phoenix e dirigido por Todd Philips (da comédia vencedora do Globo de Ouro Se Beber, Não Case) traz uma visão própria do maior vilão do Batman, apenas inspirado nos quadrinhos, mas sem adaptar uma história específica da DC Comics.

Em Coringa, Arthur Fleck é um homem ignorado pela sociedade que sofre de um transtorno que lhe causa acessos de riso não condizentes com o seu sentimento no momento. E, para o bem da experiência cinematográfica, isso é tudo o que pode ser dito sobre a trama do filme. Ao contrário da atuação de Phoenix.

Para a criação da gargalhada icônica do personagem, o ator assistiu a vídeos de pessoas que sofrem de uma risada patológica. O resultado é um som realista e dramático que junto com sua expressividade traz o teor perturbador necessário para contar esse ponto de vista sobre o Coringa. Tudo projetado pelo ator para acompanhar o desenvolvimento da narrativa, cuja carga de violência é alta o suficiente para que o longa fosse classificado apenas para maiores de 18 anos. Mas apesar do grafismo de algumas cenas de agressão, fãs mais familiarizados com a brutalidade do personagem em suas histórias mais duras nas HQs podem não se impressionar tanto com a crueldade imposta na tela (que no filme possuem uma motivação bastante diferente).

Com uma performance primorosa, as expectativas em cima do filme na temporada de premiações são altas – e a julgar pela qualidade de Coringa, elas se sustentam. Resta saber se Joaquin conquistará o Oscar de Melhor Ator, repetindo o prêmio (póstumo e de Coadjuvante) para Heath Ledger pelo mesmo personagem em 2009 por Batman: O Cavaleiro das Trevas.

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